Conforme narrado nos Atos dos Apóstolos: “A multidão dos crentes tinha um só coração e uma só alma. Ninguém considerava seus bens como seus, mas tudo era comum entre eles” (Atos 4:32).

A palavra de Agostinho é um eco daquilo que é narrado nos Atos dos Apóstolos, quando, dirigindo-se aos seus sacerdotes, afirma : Nunca digais: “Isto é meu”, mas deixai que tudo seja comum entre vós.

As comunidades canónicas surgem em resposta às exigências fortes e radicais do Evangelho. São fruto de uma fé madura que levou as pessoas a participar no culto divino, não só para pregar o ideal de fraternidade e solidariedade proposto por Jesus, mas para formar pequenas comunidades que, reunidas em torno do Bispo, pai e mestre, vivem o ideal evangélico de comunhão fraterna.

A Igreja de todos os tempos viu sempre na vida comum dos sacerdotes a salvaguarda da santidade da vida e o apoio ao apostolado dos sacerdotes.

Até a Igreja do nosso tempo, no Concílio Vaticano II, em dois documentos propõe aos sacerdotes uma certa vida comum ou alguma comunidade de vida na qual observa os benefícios de ajudar-se mutuamente para promover a vida espiritual e intelectual , e para colaborar de forma mais eficaz . no ministério e eventualmente evitar os perigos da solidão.

O Papa São João Paulo II, no seu discurso aos Cónegos Regulares de Santo Agostinho, no dia 6 de setembro de 2001, por ocasião do Congresso Canónico, recordou-nos que a nossa vida “é uma forma típica de vida consagrada caracterizada pela comunhão fraterna”. , para o apostolado e para um intenso descanso litúrgico”.

As Palavras do Papa recordam-nos que não basta viver sob o mesmo teto.